A Dissonância Cognitiva no Bolsonarismo: Entre o Evangelho da Paz e a Idolatria da Violência
Por Osvaldino Vieira de Santana – 17/09/2025
O bolsonarismo consolidou-se no Brasil como um fenômeno político-religioso marcado por contradições profundas, que revelam um grave quadro de dissonância cognitiva. Seus adeptos se autodeclaram cristãos, mas cultuam um “Deus” que nada tem a ver com a mensagem de Jesus Cristo.
1. O Deus cultuado
O “Deus” dos bolsonaristas não é o da compaixão, da justiça e da misericórdia. É um falso deus que legitima torturas, violências e a destruição da criação divina. A floresta amazônica, santuário natural da vida, é vista como obstáculo ao lucro imediato. A devastação ambiental, travestida de progresso, é adorada como oferenda ao “bezerro de ouro” do acúmulo financeiro, enquanto rios, povos indígenas e comunidades tradicionais pagam o preço da idolatria ao capital.
2. A pátria idolatrada
O discurso “Deus, Pátria e Família” esconde um paradoxo: a pátria cultuada não é o Brasil, mas os Estados Unidos. O bolsonarismo reverencia Donald Trump, um líder que atacou as instituições democráticas no episódio do Capitólio, em 2021, e inspira no Brasil a mesma agenda de ódio, autoritarismo e submissão colonial. A pátria de Tiradentes e Zumbi é traída em nome de uma dependência ideológica e cultural ao estrangeiro.
3. A família distorcida
No campo da família, a incoerência se torna ainda mais evidente. Ao invés de promover a dignidade, o respeito e a igualdade, o bolsonarismo se apoia no machismo e na misoginia. O próprio Jair Bolsonaro tratou as mulheres de sua vida como objetos descartáveis, trocando-as “como quem troca de sapatos”. A sacralização da família é reduzida a um slogan vazio, enquanto a prática política e pessoal desmonta os valores de amor, cuidado e solidariedade que deveriam sustentá-la.
Essa dissonância cognitiva não é apenas contradição teórica, mas prática de poder: uma fé transformada em arma política, um patriotismo convertido em servidão estrangeira e uma família reduzida a ferramenta de manipulação. Contra essa lógica perversa, o desafio é resgatar o verdadeiro espírito do Evangelho, a soberania nacional e o sentido ético da vida familiar — fundamentos para romper, de fato, com a servidão voluntária.
Poesia
O “Deus” dos bolsonaristas não é o da compaixão, da justiça e da misericórdia. É um falso deus que legitima torturas, violências e a destruição da criação divina. A floresta amazônica, santuário natural da vida, é vista como obstáculo ao lucro imediato. A devastação ambiental, travestida de progresso, é adorada como oferenda ao “bezerro de ouro” do acúmulo financeiro, enquanto rios, povos indígenas e comunidades tradicionais pagam o preço da idolatria ao capital.
O discurso “Deus, Pátria e Família” esconde um paradoxo: a pátria cultuada não é o Brasil, mas os Estados Unidos. O bolsonarismo reverencia Donald Trump, um líder que atacou as instituições democráticas no episódio do Capitólio, em 2021, e inspira no Brasil a mesma agenda de ódio, autoritarismo e submissão colonial. A pátria de Tiradentes e Zumbi é traída em nome de uma dependência ideológica e cultural ao estrangeiro.
No campo da família, a incoerência se torna ainda mais evidente. Ao invés de promover a dignidade, o respeito e a igualdade, o bolsonarismo se apoia no machismo e na misoginia. O próprio Jair Bolsonaro tratou as mulheres de sua vida como objetos descartáveis, trocando-as “como quem troca de sapatos”. A sacralização da família é reduzida a um slogan vazio, enquanto a prática política e pessoal desmonta os valores de amor, cuidado e solidariedade que deveriam sustentá-la.
✒️ Poema – A Dissonância Cognitiva do Bolsonarismo
Ergueram altares ao bezerro de ouro,
com motosserras em coro profano,
rasgando a Amazônia, ferindo o futuro,
matando a obra da mão do divino.
Dizem “Cristo”, mas pregam tortura,
dizem “pátria”, mas servem ao império,
ajoelham-se ao mito estrangeiro,
Trump coroado em solo brasileiro.
Na família, pregam o ódio e o machismo,
com afetos tratados como objetos banais,
amor reduzido a slogan vazio,
enquanto a violência se veste de moral.
É a fé distorcida em arma política,
é a pátria vendida em servidão,
é a família rasgada em hipocrisia:
um culto à mentira e à contradição.
Mas a verdade resiste no povo,
no evangelho da paz, da justiça e do amor,
romper a servidão é nossa tarefa,
erguer consciência, semeando a flor.
Qr Code: 🎶 Rock Progressivo – Adaptação da poesia “A Dissonância Cognitiva do Bolsonarismo”, de Osvaldino Vieira de Santana.
Ergueram altares ao bezerro de ouro,
com motosserras em coro profano,
rasgando a Amazônia, ferindo o futuro,
matando a obra da mão do divino.
Dizem “Cristo”, mas pregam tortura,
dizem “pátria”, mas servem ao império,
ajoelham-se ao mito estrangeiro,
Trump coroado em solo brasileiro.
Na família, pregam o ódio e o machismo,
com afetos tratados como objetos banais,
amor reduzido a slogan vazio,
enquanto a violência se veste de moral.
É a fé distorcida em arma política,
é a pátria vendida em servidão,
é a família rasgada em hipocrisia:
um culto à mentira e à contradição.
Mas a verdade resiste no povo,
no evangelho da paz, da justiça e do amor,
romper a servidão é nossa tarefa,
erguer consciência, semeando a flor.