33-Elite do Atraso: Arquitetando a Corrupção Sistêmica e Comandando Historicamente o Saque ao Brasil

 


Elite do Atraso: Arquitetando a Corrupção Sistêmica e Comandando Historicamente o Saque ao Brasil

📅 Por Osvaldino Vieira de Santana – 23/05/2025 – Circulação Nacional


Introdução: A História de Um Saque Permanente

O Brasil segue sendo vítima de uma elite econômica e política que, historicamente, arquiteta, alimenta e se beneficia de uma corrupção sistêmica profundamente enraizada no Estado. Esta “elite do atraso”, expressão já consagrada nas ciências sociais, não só perpetua suas estruturas de poder, como também molda os mecanismos de saque aos cofres públicos.

Nas últimas décadas, um fenômeno particularmente perverso se consolidou: as campanhas políticas, antes apoiadas majoritariamente por militantes e eleitores engajados, foram tomadas por aventureiros, financiadores ocultos e apostadores que veem na política um balcão de negócios. Esses atores, uma vez eleitos, passam a integrar um Legislativo capturado, cuja função prioritária é sequestrar fatias expressivas do orçamento público.

O mecanismo mais escandaloso dessa engenharia criminosa foi o chamado “orçamento secreto”, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, mas cujos efeitos continuam impregnando as práticas políticas.


A Captura do Orçamento: Como Funciona o Saque Legalizado

As chamadas emendas de relator (RP9) foram o dispositivo perfeito para a elite do atraso blindar seus esquemas. Sem transparência, sem critérios técnicos e sem controle social, bilhões foram pulverizados para alimentar interesses pessoais, oligarquias locais, empresários aliados e esquemas de corrupção.

🔴 Entre 2020 e 2022, mais de R$ 53 bilhões foram drenados do orçamento público através desse mecanismo. Recursos que poderiam — e deveriam — ser aplicados na saúde, na educação, no saneamento, na segurança e em políticas públicas de geração de renda foram desviados para atender interesses eleitorais e projetos de baixíssimo impacto social.

Os Malefícios Diretos Desse Saque:

  • Colapso da Saúde Pública: Hospitais sem recursos, filas intermináveis e falta de medicamentos.

  • Educação Abandonada: Escolas sucateadas, ausência de investimentos em formação docente e infraestrutura.

  • Saneamento Básico Ignorado: Milhões sem acesso a água potável e tratamento de esgoto, perpetuando doenças e desigualdade.

  • Segurança Pública Fragilizada: Falta de investimentos em prevenção, inteligência e estrutura para combater a criminalidade.

  • Geração de Renda Bloqueada: O desmonte das políticas públicas impede a inclusão produtiva, aprofundando a miséria.


Um Estado Refém: A Elite do Atraso no Controle da Corrupção Sistêmica

É preciso ser claro: o Brasil não é refém apenas de práticas corruptas individuais. O que existe é uma corrupção estrutural, institucionalizada, arquitetada e comandada historicamente pela elite econômica, empresarial, financeira e política do atraso.

Essa elite é quem sequestra o orçamento, financia campanhas, controla partidos políticos — transformados em cartórios privados — e molda as regras do jogo para perpetuar seu domínio.

Partidos são dominados por caciques que impedem qualquer democratização interna, afastam as bases populares e garantem que apenas os mesmos nomes — representantes dos velhos interesses — ocupem as cadeiras do poder.


O Custo Invisível: O Brasil Que Poderia Ser e Não É

Enquanto bilhões são desviados para sustentar essa engrenagem de privilégios, o Estado brasileiro destina, anualmente, quase 50% de seu orçamento para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública.

É dinheiro que não volta para a sociedade, mas enriquece o mercado financeiro. Um sistema predatório onde poucos ganham muito e muitos ficam com quase nada.

📌 Seis brasileiros detêm a mesma riqueza que 50% da população do país. Esse é o retrato da concentração absurda de renda e da perpetuação das desigualdades.


Corrupção e Dívida: Dois Lados da Mesma Moeda

A corrupção sistêmica e a financeirização do orçamento são faces do mesmo projeto: manter a população na pobreza, fragilizar o Estado e concentrar riqueza e poder nas mãos de uma elite minúscula, porém extremamente poderosa.

É um saque permanente, travestido de legalidade, arquitetado por quem se beneficia há séculos dos recursos da nação.


Conclusão: Romper o Cativeiro do Atraso

Denunciar é apenas o primeiro passo. É preciso construir um movimento social, institucional e político capaz de enfrentar essa elite saqueadora.

Sem uma profunda reforma do sistema político, que inclua:
✔️ Democratização dos partidos;
✔️ Financiamento público de campanhas;
✔️ Transparência total na alocação dos recursos públicos;
✔️ Taxação das grandes fortunas e do rentismo;
✔️ Combate implacável à corrupção estrutural;

O Brasil seguirá condenado a repetir o ciclo de pobreza, desigualdade e saque institucionalizado.

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