O Mito do anel de Giges.



 

A lição do anel de Giges 

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Nesse vídeo, vamos analisar  esses questionamentos, fazendo reflexões sobre uma metáfora  criada por Platão no século V antes de cristo, denominada do Mito do Anel de Giges e que pode ser contextualizada com os dias atuais. 

Vamos recordar o Mito de Giges.

Havia um pastor de ovelhas chamado Giges que vivenciou uma experiência muito interessante. 

Certa vez ocorreu uma chuva muito forte junto com um forte tremor que abriu a terra e revelou um cavalo de bronze com janelas.

 Ao pastorear Giges acabou vendo aquela abertura na terra e consequentemente o cavalo de bronze. 

Não resistindo, Giges entra na fenda e verifica que o cavalo de bronze está oco e olhando pela janela vê um cadáver, totalmente sem roupas, mas com um anel dourado nas mãos. Giges então retira o anel de ouro do cadáver e o coloca em seu próprio dedo.

O tempo passou e chega o dia de Giges, junto com os outros pastores, se reunirem e montar o relatório que seria apresentado ao Rei, pois tal prática era uma rotina daquela região. 

Giges, durante essa reunião começa a mexer no anel de ouro que fora retirado do cadáver e, de repente, de forma mágica, descobre que quando vira a pedra do anel para o lado de sua palma da mão ele desaparece, isso mesmo, Giges desaparece, se tornando invisível para os demais presentes.

Giges fica altamente surpreendido e testa várias vezes o poder do anel, aprendendo como desaparecer e aparecer quando quisesse. 

A partir daí Giges começa a utilizar tais poderes em seu próprio benefício, se aproximou do Rei, tornou-se um mensageiro oficial, seduziu a Rainha, até que assassina o Rei e se apodera de todo o reino.

Platão afirma que, tanto faz se colocarmos um anel desses no dedo de um homem justo e outro no dedo de um homem injusto, o fato é que não encontraremos ninguém com temperamento suficientemente forte para permanecer fiel à justiça e resistir à tentação de se apoderar dos bens e dos benefícios de outrem.

Lição da Metáfora do Anel Giges. 

A justiça deve habitar em nossas vidas não somente quando estamos sendo vigiados, visualizados, mas, principalmente quando ninguém nos vê, no silêncio da solidão a justiça deve imperar.


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